Justiça

Brasília – Doze pessoas foram presas ontem acusadas de tráfico de mulheres para exploração sexual. Os aliciadores ganhavam R$ 700 por mulher enviada à Suíça, onde permaneciam em cárcere privado, sofrendo privação de alimentos e agressões.

Os presos serão indiciados pelos crimes de tráfico de pessoas e formação de quadrilha e podem pegar até 32 anos de prisão. A operação Tarô foi realizada, em conjunto, pela polícia federal brasileira e pela polícia judiciária suíça

Na Suíça, quatro pessoas foram presas e nove brasileiras detidas para serem interrogadas, podendo ser deportadas para o Brasil. No Brasil, outras oito pessoas foram detidas e foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão.

Segundo a PF, a sede da quadrilha, liderada pelo suíço Hunziker Heinz, de 58 de anos, ficava em Belo Horizonte (MG). Lá, aliciadores recrutariam mulheres, enviando-as para prostituição em Zurique, na Suíça. As investigações começaram em 2005. Segundo o artigo 231 do Código Penal, a pena para tráfico de pessoas varia de 6 a 16 anos de prisão. A de formação de quadrilha é de seis a 16 anos de prisão.