Justiça

A Polícia Federal prendeu em Caucaia e Fortaleza duas pessoas acusadas de falsificar dinheiro. Pedro Cabral e Adauto Marcelo dos Santos estavam sendo investigados há quase um ano e três meses. Eles são acusados de falsidade ideológica, formação de quadrilha e falsificação de dinheiro. As prisões fazem parte da Operação Banco Imobiliário. O nome é uma alusão a um jogo de tabuleiro.

A Polícia Federal também identificou dois policiais civis do Ceará como integrantes da quadrilha. Eles estão foragidos. Ainda está foragida uma mulher em São Paulo

As investigações iniciaram no dia 4 de março do ano passado, quando a Polícia Federal encontrou uma fábrica de dinheiro falso na avenida Jovita Feitosa. No local foram apreendidos computadores, máquinas copiadoras, documentos e dinheiro falsificados em notas de R$5, R$10 e R$50. Também foram encontrados cheques falsos. Há quase um ano e três meses os suspeitos estão sendo investigados.

Na Operação Banco Imobiliário, outras seis pessoas foram presas: quatro em São Paulo, uma em Brasília e uma em Goiânia. O maranhense Walber Silva Rocha foi apontado pela PF como o chefe da quadrilha. No apartamento dele, além de cédulas falsas, foram encontrados mais de 50 carteiras de identidade falsificadas.

Segundo o delegado José Grivaldo de Andrade, chefe do setor de Operações da Delegacia Fazendária e responsável pela operação em São Paulo, a quadrilha agia há cerca de dois anos. “Além de moeda falsificavam também diversos documentos, especialmente com a finalidade de abrir contas e fazer financiamentos em lojas e instituições bancárias, informou. De acordo com ele, a Polícia Federal investiga a quadrilha desde março do ano passado.

Eles financiaram no Nordeste cerca de 100 veículos, com valores mínimos de R$ 40 mil. Os veículos foram depois vendidos no Norte e Nordeste do Brasil, utilizando-se de documentos falsos, informou o delegado, em entrevista Agência Brasil.

Andrade explicou que a quadrilha agia inicialmente falsificando moeda, mas depois partiu também para a falsificação de documentos. Com o CPF e o RG [identidade] falsos, eles abriam uma conta bancária. Esses documentos tinham uma boa qualidade, tanto que os bancos e as agências financeiras e empresas de cartão de crédito não percebiam a falsidade e acabavam efetuando vendas ou concedendo créditos, disse.

De acordo com Andrade, foram apreendidos cerca de 10 documentos falsificados para cada preso, celulares, cheques e equipamentos de informática.

O delegado não tem a dimensão de quanto a quadrilha movimentou em dinheiro com as falsificações. Eles tinham cartões de crédito e de banco de várias instituições e podem, e devem ter feito, empréstimos em bancos e várias financeiras, disse o delegado.