Justiça

RIO – A Polícia Federal deu continuidade, nesta quinta-feira, à operação Pen Drive, deflagrada nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná, com o objetivo de desmontar um esquema internacional de clonagem de cartões de crédito e débito. A quadrilha clonava os cartões no Brasil para efetuar saques na China, Rússia, Panamá e Argentina e pretendia desviar R$ 1 milhão por mês.

Até o final da tarde desta quinta-feira, 17 pessoas tinham sido presas nos três estados. Foram cumpridos também 22 mandados de busca que resultaram na recuperação de informações de 11 mil a 20 mil clientes diferentes de cartões e na apreensão de cerca de dois mil cartões clonados.

A operação,que teve início na manhã de quarta-feira, recebeu o apoio do serviço secreto americano, que rastreou a ação dos criminosos no paraíso fiscal do Panamá. De acordo com o delegado titular da PF em Curitiba, Gilberto de Castro, “para se ter uma idéia da grandiosidade da quadrilha, vieram para conversar conosco (PF) e entender o esquema de clonagem representantes do serviço secreto norte-americano e da empresa MasterCard dos Estados Unidos.

– Eles disseram que nunca viram um sistema tão desenvolvido, uma tecnologia tão avançada – disse.

– Apreendemos dois mil cartões clonados e cerca de R$ 300 mil em espécie. A quadrilha faturava cerca de R$ 1 milhão por mês – afirmou o delegado responsável pela operação, Gilberto de Castro Júnior.

O chefe da quadrilha, Reinaldo Menezes do Sacramento, foi detido com R$ 200 mil em sua residência, em São Paulo, e contratou um engenheiro eletrônico para desenvolver um sistema de captura de senhas dos cartões.