Justiça

Andrei Rodrigues, chefe da Polícia Federal (PF), enviou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a diretoria de Crimes Cibernéticos, nesta quinta-feira (5). Esses agentes do departamento especializado estiveram na sede do CNJ, em Brasília, e vistoriaram os computadores e o sistema do Banco Nacional de Mandados de Prisão.

Uma credencial que permite acesso ao sistema foi utilizada para a inserção de um mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Existem duas investigações simultâneas sobre o caso. Uma da Polícia Federal e outra do próprio CNJ.

Esse é o primeiro caso da diretoria de Crimes Cibernéticos. O grupo acabou de deixar o CNJ – disse o chefe da PF à coluna de Paulo Capelli, do Metrópoles.

As investigações apontam para três hipóteses: roubo ou clonagem da credencial do servidor, ou até mesmo uma conduta ilícita praticada pelo titular da credencial. O desafio é que esse sistema do CNJ recebe logins e entradas de tribunais em todo o território nacional.

O falso documento ingressou no sistema, nesta quarta-feira (4), pelo Banco Nacional de Mandados de Prisão. O texto foi construído numa mescla de linguagem técnica jurídica e ironia.

– DETERMINO, por fim, a extração integral de cópias e sua imediata remessa para o Inquérito n. 4.874/DF e de todos os inquéritos de censura e perseguição política, em curso no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL para o CNJ, a fim de que me punam exemplarmente. Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L – diz a falsa decisão.

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