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Uma mulher que trabalhava em uma funerária sem fins lucrativos da cidade americana de Montrose, no Colorado, foi condenada a 20 anos de prisão comercializar partes de corpos de centenas de pessoas mortas. Conforme a denúncia, Megan Hess, de 45 anos, entregava cinzas falsas aos usuários do serviço.

Megan havia se declarado culpada em julho. A sentença proferida nesta terça-feira diz respeito às violações de 560 cadáveres que foram dissecados e vendidos em partes, sem autorização das famílias, de acordo com a agência Reuters.

Funeral home owner who dismembered 560 corpses and sold body parts jailed  for 20 years

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Megan confessou a prática entre os anos de 2010 e 2018. A mulher admitiu que roubou os corpos ou partes dos corpos de centenas de vítimas e, em seguida, vendeu entidades que utilizavam os “materiais” para fins científicos, médicos ou educacionais. Megan e sua mãe, Shirley Koch, operavam a Sunset Mesa Funeral Home. Elas foram presas em 2020. A dupla também oferecia cremações gratuitas em troca da doação de um corpo. Shirley tinha o papel de cortar os corpos. Ela também se declarou culpada e foi condenada a 15 anos de prisão.

Hess pleads guilty in funeral home body parts scheme | Western Colorado |  gjsentinel.com

“As duas usaram sua casa funerária para essencialmente roubar corpos e partes do corpo usando formulários de doadores falsos e fraudulentos”, afirmou o promotor Tim Neff, no processo judicial. “As condutas de Megan e Shirley causaram imensa dor emocional para as famílias e parentes próximos”, acrescentou. Em depoimento Tribunal Distrital dos Estados Unidos em Grand Junction, Colorado, Megan afirmou que excedeu “o escopo do consentimento” e que vem se esforçando “para fazer isso direito”. “Estou assumindo a responsabilidade”, acrescentou, segundo o jornal “The New York Times”.

Cada “peça” era vendida por cerca de US$ 1 mil (equivalente a R$ 5,4 mil), segundo a denúncia. As famílias dos mortos não tinham conhecimento da prática. As duas venderam partes de corpos de pessoas diagnosticadas com doenças infecciosas, incluindo hepatite B e C e Aids. Um ex-funcionário da funerária acusou, em depoimento, que Megan ganhou mais de US$ 40 mil (equivalente a R$ 211,4 mil) vendendo dentes de ouro de pessoas falecidas.

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