Justiça

Um delegado da PF (Polícia Federal) foi preso neste sábado em São Paulo pela ‘Operação Farol da Colina’. Iniciada na terça-feira, a ação ligada às investigações do caso Banestado já prendeu 64 pessoas acusadas de crimes de formação de quadrilha, evasão de divisas, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

O delegado Carlos Fernando Braga, acusado de ter quebrado o sigilo da Operação, foi preso em seu apartamento. Braga teria telefonado para o doleiro Antônio Oliveira da Claramunt, conhecido como Toninho da Barcelona, um dia antes do início dos trabalhos da PF. Toninho foi uma das primeiras pessoas presas, sob a acusação de evasão de divisas.

A operação Farol na Colina faz parte das investigações sobre o caso Banestado, que inclui mais de 100 inquéritos policiais e a identificação de organizações criminosas responsáveis pela transferência ilegal de aproximadamente de US$ 30 bilhões em divisas. A evasão teria ocorrido por meio de contas CC-5, abastecidas por valores remetidos por pessoas físicas e jurídicas de vários Estados, originalmente depositados em contas correntes tituladas por ‘laranjas’.

As pessoas já presas, a maioria doleiros, teriam movimentado em contas no exterior cerca de US$ 20 bilhões no período de 1997 a 2002, incluindo a participação de doleiros estrangeiros.